Quanto mais complexas as informações, maior é o desafio de integrá-las a sistemas diferentes – e esse é um trabalho que exige dedicação constante
por Roberto Milan*
A utilização de dados é um mecanismo estabelecido em empresas de todos os segmentos sendo que algumas delas, por conta da natureza do negócio, precisam gerir um maior volume de informações do que outras. É o caso das seguradoras, uma vez que cada apólice reúne em torno de 400 dados diferentes. Isso gera uma complexidade que se reflete também nos sistemas utilizados por essas organizações – e, consequentemente, na integração deles.
Esse desafio tem se intensificado ao longo dos anos. Os sistemas desenvolvidos no setor, até então, não eram tão profundos e detalhistas, por exemplo. A emissão de apólices de seguro também era uma tarefa mais simples, pois os documentos, que tinham o tamanho de uma página, hoje são muito maiores e seguem questões legais mais rigorosas. Trata-se, em última instância, de um contrato, com regras a serem seguidas. E isso gera mais detalhamento nos sistemas.
Todos esses elementos contribuem para que a integração dos sistemas seja um entrave de peso no funcionamento de diversas organizações. E unir diferentes sistemas continua sendo uma condição inevitável; não existe nada que opere de forma isolada. Obviamente, para alcançar a sinergia necessária entre eles, a empresa precisa direcionar investimento – que geralmente pode ser elevado. A questão é que todo esse processo, mais restrito aos bastidores da organização, não é visto pelo cliente final e, em muitos casos, pela própria empresa. E o que as pessoas não conseguem ver tende a ser lido, erroneamente, como algo inexistente, ou como um custo que não trará resultado.
Nós, da TI, sabemos que é extremamente difícil comemorar vitórias em projetos dessa natureza, pois o trabalho com sistemas não tem fim e sempre vai apresentar tropeços. Ao mesmo tempo, isso não deve nos limitar e nos impedir de enfrentá-los – afinal, vencidos os percalços, a qualidade dos dados de sistemas integrados é muito mais efetiva na tomada de decisão em qualquer negócio.
Portanto, encarar o tema com a importância e a maturidade que ele exige é a melhor forma de lidar com esse desafio, que requer um olhar direcionado às atualizações dos sistemas, à mão de obra qualificada, à estratégia do negócio e à segurança da informação.
(*) Roberto Milan é diretor operacional da Sistran
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